Livro: A Casa do Lago
Autora: Kate Morton
Páginas: 464
Editora: Arqueiro
Tema: Romance, suspense e mistério.
Alice é uma pessoa reservada. Os traumas do passado a fizeram assim e ela convive com a culpa por não ter feito algo há sete décadas e quando recebe uma carta de Sadie, fica apreensiva com o que a detetive deseja. Então, para saber se sua irmã foi contactada também por ela, Alice começa a fazer perguntas para Deborah a respeito do passado glorioso na casa do lago. Eis que a irmã não entende porque Alice está nostálgica mas pensando melhor sobre o assunto, diz que se lembra de muitos acontecimentos o que faz Alice se sentir preocupada.
Os capítulos são intercalados entre passado e presente, narrados em terceira pessoa, porém sobre o ponto singular de cada personagem. De início fiquei um pouco confusa com a quantidade de detalhes mas cada um deles é de suma importância para o desfecho da obra.
Os personagens são muito bem construídos e reais, de modo que poderia facilmente ser alguém que conhecemos e isso torna a obra ainda mais fascinante.
O livro fala sobre a família e sobre sacrifícios a serem realizados por eles em nome do amor. Que mesmo o tempo não é capaz de apagar traumas e sobre o perdão.
Autora: Kate Morton
Páginas: 464
Editora: Arqueiro
Tema: Romance, suspense e mistério.
Sinopse: A casa da família Edevane está pronta para a aguardada festa do solstício de 1933. Alice, uma jovem e promissora escritora, tem ainda mais motivos para comemorar: ela não só criou um desfecho surpreendente para seu primeiro livro como está secretamente apaixonada. Porém, à meia-noite, enquanto os fogos de artifício iluminam o céu, os Edevanes sofrem uma perda devastadora que os leva a deixar a mansão para sempre.
Setenta anos depois, após um caso problemático, a detetive Sadie Sparrow é obrigada a tirar uma licença e se retira para o chalé do avô na Cornualha. Certo dia, ela se depara com uma casa abandonada rodeada por um bosque e descobre a história de um bebê que desapareceu sem deixar rastros.
A investigação fará com que seu caminho se encontre com o de uma famosa escritora policial. Já uma senhora, Alice Edevane trama a vida de forma tão perfeita quanto seus livros, até que a detetive surge para fazer perguntas sobre o seu passado, procurando desencavar uma complexa rede de segredos de que Alice sempre tentou fugir.
Em A Casa do Lago, Kate Morton guia o leitor pelos meandros da memória e da dissimulação, não o deixando entrever nem por um momento o desenlace desta história encantadora e melancólica.
Cornualha é um lugar bonito, cercado de casas imponentes e plantas exóticas que não se encontram em Londres. É em Loeanneth que mora a família Edevane e haverá uma grande festa na casa do lago para comemoração do solstício de verão de 1933. Porém algo terrível acontece e a família é obrigada a deixar seu lindo lar para morar em Londres com a intensão de se recuperarem de uma tragédia que marcaria para sempre a vida de Alice, seus pais e suas irmãs.
Agora, setenta anos depois, a detetive Sadie Sparrow é afastada do trabalho devido a um caso complicado e se vê forçada a tirar férias. Aproveita a oportunidade para visitar seu avô Bertie que mora em Cornualha. Sadie tem mania de correr para extravasar e em uma dessas corridas esbarra na antiga casa abandonada em Loeanneth e passa a se perguntar o que aconteceu com a família que viveu lá. Então decide investigar por conta própria até que descobre que uma das pessoas que viveram naquela casa, a famosa escritora de romances policiais Alice Edevane, ainda está viva porém não quer contato nenhum com a polícia.
"Não havia ninguém a quem ela pudesse contar, nenhuma forma de consertar aquilo, nenhuma chance de um dia a perdoarem."
Alice é uma pessoa reservada. Os traumas do passado a fizeram assim e ela convive com a culpa por não ter feito algo há sete décadas e quando recebe uma carta de Sadie, fica apreensiva com o que a detetive deseja. Então, para saber se sua irmã foi contactada também por ela, Alice começa a fazer perguntas para Deborah a respeito do passado glorioso na casa do lago. Eis que a irmã não entende porque Alice está nostálgica mas pensando melhor sobre o assunto, diz que se lembra de muitos acontecimentos o que faz Alice se sentir preocupada.
A medida que a história avança, a narrativa cresce gradativamente. É uma obra que possui uma riqueza de detalhes a ponto de fazer o leitor viajar pelos campos de Loeanneth. Muitos podem considerar o início um pouco parado, mas garanto que a trama ganha intensidade, envolvimento e engajamento ao longo das páginas e antes mesmo de chegar a página 100 (eu particularmente só achei um pouco parado entras as páginas 50 a 69 mais ou menos, a partir daí a obra ganha força e vivacidade).
"Não importava quanto uma pessoa corresse, não importava quão fresco fosse o recomeço que se permitisse, o passado tinha uma forma de se projetar através dos anos e alcançá-la."
Os capítulos são intercalados entre passado e presente, narrados em terceira pessoa, porém sobre o ponto singular de cada personagem. De início fiquei um pouco confusa com a quantidade de detalhes mas cada um deles é de suma importância para o desfecho da obra.
Vamos encontrar um suspense de tirar o fôlego nessas páginas, onde a autora aponta suspeitos a cada descoberta da detetive, só para desviar a atenção do verdadeiro culpado, que sempre esteve ali, as claras, bem de baixo de nosso nariz. Incrível como ela conseguiu me ludibriar. Pausa para um suspiro de admiração pela autora.
"Toda a sua vida, Alice sempre foi interessada pelas pessoas. Nem sempre gostava delas, raramente buscava companhia por motivos de satisfação social, mas achava o ser humano fascinante."
Os personagens são muito bem construídos e reais, de modo que poderia facilmente ser alguém que conhecemos e isso torna a obra ainda mais fascinante.
Eu fiquei impressionada com a capacidade de Kate Morton conduzir todos os acontecimentos, de modo que ela não deixa nenhuma ponta solta e quando eu começava a me perguntar sobre um fato que foi descoberto no capítulo anterior, ela, com um time perfeito, narrava sobre ele. Absolutamente nada ficou de fora ou passou despercebido por ela. Foi um perfeito quebra-cabeças, uma teia de aranha muito bem construída.
"Somos todos vítimas da nossa experiência humana, aptos a ver o presente através da lente do nosso passado."
O livro fala sobre a família e sobre sacrifícios a serem realizados por eles em nome do amor. Que mesmo o tempo não é capaz de apagar traumas e sobre o perdão.
A capa está sensacional e não encontrei muitos erros na impressão. A diagramação está muito boa, digna de um trabalho da editora arqueiro.
No mais, recomendo o livro a todos os amantes de romances policiais e que gostam de um bom quebra-cabeças, de uma história perfeitamente estruturada e fantástica!
"As pessoas poderiam ficar com suas drogas e seu álcool, pensou Sadie, mas não havia nada mais emocionante do que desvendar um quebra-cabeça, particularmente um como aquele, tão inesperado."