Livro: Morte Lenta (Gibson Vaughn #1)
Autor: Matthew Fitzsimmons
Série: Sim
Páginas: 320
Editora: Faro Editorial
Tema: Suspense e Mistério
Sinopse: Dez anos atrás, Suzanne, uma garota de 14 anos, simplesmente desapareceu sem deixar qualquer vestígio. Filha do então senador Benjamin Lombard, agora poderoso vice-presidente dos EUA, o caso continua sem solução e se transformou numa obsessão nacional.
Para Gibson Vaughn, renomado hacker e mariner, trata-se de uma perda pessoal. Suzanne era como uma irmã para ele. No décimo aniversário do desaparecimento da garota, o ex-chefe de segurança de Benjamin Lombard pede a ajuda de Gibson para realizar uma investigação secreta e entrega a ele novas pistas.
Assombrado por memórias trágicas daqueles dias, Gibson acredita ter agora a chance de descobrir o que realmente aconteceu. Utilizando as suas habilidades, já em suas primeiras pesquisas descobre uma rede de múltiplas conspirações em torno da família Lombard e se depara com adversários poderosos – e perigosos – que farão qualquer coisa para silenciá-lo. Ao mexer no vespeiro, novas informações e personagens vêm à tona, a identidade de Gibson é revelada, tornando-o igualmente vulnerável.
E enquanto navega por essa teia perigosa de fatos, ele precisa estar sempre um passo à frente se quiser descobrir a verdade… e se manter vivo.
A vida de Gibson Vaughn nunca foi fácil. Seu pai Duke Vaughn trabalhava como secretário de gabinete para o ilustre senador Benjamin Lombard até que a filha dele some misteriosamente e o caso passa a ser uma verdadeira incógnita para o FBI.
Agora, dez anos depois do desaparecimento de Suzanne Lombard, o senador Lombard está na corrida para a Casa Branca e Gibson, por sua antiga fama de sucesso de um hacker, é convidado a reabrir o caso da filha do senador, com quem tinha uma ligação muito especial, afim de descobrir o que aconteceu com a menina e ele viverá fortes emoções e descobrirá coisas a respeito de Suzanne que não imaginava.
"Eles terminaram de ler O Retorno do Rei dois anos depois, e no processo Gibson se tornou um leitor. Mais uma coisa que devia a Ursa. Os livros o ajudaram a manter a sanidade, primeiro na cadeia e depois no Corpo de Fuzileiros Navais. Ele lia tudo o que lhe caísse nas mãos."
A obra é narrada em terceira pessoa, dividida em três partes e esse é o primeiro livro da série Gibson Vaughn. O autor possui uma escrita complexa e razoavelmente fluida, envolvendo o leitor nos diversos detalhes que deixa como pistas ao longo das páginas.
A medida que descobre mais sobre o desaparecimento de Suzanne, Gibson se sente mais ligado a ela e sente também que está fazendo justiça para a menina.
Vale dizer que a obra, apesar de ser do gênero policial, não é em nada parecida com os clichês policiais que lemos. Gibson não é um agente secreto, ou um policial afastado do cargo, pelo contrário, é um hacker que em seus anos dourados, conseguiu invadir um computador de segurança a nível nacional e vazou informações para o público. Temos aqui um herói imperfeito, com ações e pensamentos falhos, mas motivado a fazer o bem por alguém que marcou sua vida.
"A Esperança é um câncer. E o resultado? Das duas, uma: ou você nunca descobre a verdade e durante o processo é corroído por dentro até não restar mais nada. Ou ainda pior: você descobre e acaba atravessando o para-brisa a noventa por hora, porque a esperança lhe garantiu que você podia dirigir sem sinto de segurança.”
De início o tamanho do livro assusta um pouco e no virar das páginas, com a letra miúda, pode até desanimar na leitura, mas tenham paciência, pois a obra é demasiadamente instigante, colocando o leitor para pensar sobre o que pode ter acontecido com a vítima e porque nunca ninguém entrou em contato para resgate.
Foi uma experiência boa, apesar de ser a primeira obra do autor, posso dizer que ele começou bem, pois manteve a história em ponto alto, com riqueza de detalhes nas descrições de cenário e personagens.
"A verdade era simples: na história humana, de que outra maneira alguém conseguiria se tornar, sem derramamento de sangue, a pessoa mais poderosa do mundo?”
A edição da Faro está maravilhosa, a capa faz jus a história e a diagramação ficou sensacional, pecando apenas no tamanho da letra, mas nada venha influenciar negativamente o leitor.
No mais, só posso dizer que estou ansiosa para ler a continuação dessa série e que espero gostar tanto, ou até mais do que gostei do primeiro.