Após alguns meses, uma das cartas traz uma proposta peculiar: o que Eloise acharia de passar uma temporada com Sir Phillip para os dois se conhecerem melhor e, caso se deem bem, pensarem em se casar? 

Ela aceita o convite, mas em pouco tempo eles se dão conta de que, ao vivo, não são bem como imaginaram. Ela é voluntariosa e não para de falar, e ele é temperamental e rude, com um comportamento bem diferente dos homens da alta sociedade londrina. Apesar disso, nos raros momentos em que Eloise fecha a boca, Phillip só pensa em beijá-la. E cada vez que ele sorri, o resto do mundo desaparece e ela só quer se jogar em seus braços. 

Agora os dois precisam descobrir se, mesmo com todas as suas imperfeições, foram feitos um para o outro.

Após a morte de uma prima distante, Eloise Bridgerton achou que seria de bom tom enviar uma carta ao viúvo prestando condolências. Obstinada e comprometida do jeito que é, sempre gostou de se corresponder com outras pessoas, que eram sempre seus familiares, mas não imaginou que as trocas de cartas com Sir Phillip seria algo que definiria seu futuro.

Quando Eloise chega de surpresa na casa do viúvo, não estava preparada para o que viria a seguir. Além de viúvo, Sir Phillip era também pai de gêmeos, vulgo monstrinhos, cujos nomes de batismo são Amanda e Oliver.

"Que tipo de homem era aquele, que preferia plantas a pessoas? Na dúvida ninguém que apreciasse uma boa conversa."

Eloise terá a difícil tarefa de não só se entender com Phillip para saber se darão bem como cônjuges, como também colocar os pestinhas dos enteados na linha.

Philip é um homem rude e direto. Em muitos pontos sua ogrisse se assemelha ao do meu marido. Acho que foi por isso que me simpatizei tão rápido com ele.

"Durante todo o tempo em que se corresponderam, ele nunca sonhara que ela poderia deixá-lo sem ar."

As crianças não poderiam ser mais encantadoras e indisciplinadas. Pude dar boas risadas com as artimanhas que aprontaram com Eloise e vice versa.

Além da personalidade inconfundível de Eloise, sempre ávida para satisfazer suas curiosidades e sempre muito direta, descobriremos um lado da personagem que nunca foi revelado nos livros anteriores. O de uma mulher apaixonada e comprometida em cumprir suas promessas. Ela é uma personagem encantadora, carismática e muito simpática, isso tudo foi bem realçado nesse livro.

"Seu orgulho a fazia não querer que ninguém soubesse que estava triste, mas seu coração pedia um ombro para chorar."

O livro é tão de Eloise que até os capítulos começam com fragmentos de antigas cartas dela para algum membro da família, realçando ainda mais sua forte personalidade.

Além disso podemos matar a saudade de um dos casais mais fofos da série que são Benedict e Sophie. E também contar com a ilustre presença de Colin, Anthony e Gregory ainda por cima! Já dá para imaginar que no mínimo eu chorei de tanto rir quando os homens Bridgertons apareceram para defender a irmã.

"Porque Phillip precisava que ela fosse feliz. Não só porque, desse jeito, como vinha dizendo a si mesmo, sua vida continuaria a correr tranquilamente. Ele precisava vê-la feliz porque só de pensar o contrário sentia uma punhalada no coração."

O que senti falta na obra foi que esperava que teria mais conteúdo das cartas trocadas pelo casal. Achei que por ser o fator que os uniria, teria um pouco mais de relevância.

Toda a história é muito bem ambientada, com a característica da escrita de Júlia Quinn e seu poder em delinear personagens com grandes personalidades e muito bem trabalhados. Mais uma vez a autora não deixou a desejar.

"-- Tenho tanta sorte... -- Falou Phillip, deslizando as mãos pelas costelas dela. -- Acho que esperei você a vida inteira.
-- Eu tenho certeza que estava esperando você. -- retrucou Eloise."

Recomendo a obra a todos os amantes de romances leves mas mesmo assim arrebatadores e envolventes.

"Ele cometeria erros. Era inevitável. Mas nenhum erro grave, e, com Eloise ao seu lado, estava certo de que poderia fazer qualquer coisa."

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