[Entrevista] Autora Vitória Lussari no De Frente com Cami

domingo, dezembro 18, 2016


Queridos leitores, como vocês estão? Tudo numa boa com as leituras? Hoje tem entrevista, isso não é demais?! Eu adoro entrevistar os autores e saber como foi o processo de criação, em que eles encontraram dificuldades e o mais importante quem é o autor além dos livros e hoje trago pra vocês a queridíssima autora Vitória Lussari. Ela escreveu a trilogia Nova Era e alguns contos pertinentes a estória. e já tem resenha do primeiro livro da trilogia aqui no blog! Quer ler a resenha desse livro incrível? Basta clicar aqui e dar aquela conferida. Mas vamos Conhecer agora um pouquinho sobre essa incrível autora! 



Camila: Vitória, muito obrigada pela entrevista, vamos começar pelo fácil? Fala um pouquinho de você, quem é a Vitória além dos livros?

Vitória: Nossa, essa pergunta é estranhamente difícil de responder (risos). Eu além de livros... Bem, eu toco violão, faço faculdade de Letras (o que acaba com o meu tempo livre quase sempre, risos) e também administro a página de instagram @souldoslivros. Também sou uma pessoa bastante ansiosa, do tipo que dorme mal antes de uma viagem ou pira em semana de provas, risos. Tenho 19 anos, trabalho freelancer como designer e recentemente me tenho me envolvido bastante com o aprendizado de handlettering, que é um tipo de design de frases. Minha vida é uma correria geralmente, tenho até que manter uma agenda com tudo que tenho que fazer anotadinho, ou não sobrevivo!

Camila: Quando você se descobriu como escritora? E o que fez você perceber que amava as palavras? 

Vitória: Bem, eu percebi que queria ser uma escritora de verdade aos 14 anos, mas amava escrever já aos 11, quando notei que criar histórias era algo mais do que divertido e relativamente simples para mim.

Camila: Quais foram os maiores desafios que você encontrou no processo da escrita, ou seja, no desenvolvimento da história? 

Vitória: Acho que a cronologia. Meus livros da série “Nova Era” possuem um tipo próprio de tempo. São 15 meses, não 12, em um ano; as estações por isso também se alteram; geralmente em um livro se passam mais de um mês ou dois, então sempre precisei ficar muito atenta nas idades dos personagens e em que época eles estavam, fosse de estação, ou pessoalmente. Depois que meu primeiro livro estava finalizado, ainda tive que dar alguns retoques de tempo.

Camila: Como seus familiares reagiram quando soube que você queria escrever? Recebeu apoio?

Vitória: Como eu sempre soube que ser escritora não seria a minha profissão principal (mais um hobby), meus pais não ficaram apreensivos. Mas quando perceberam que não era um hobby qualquer, mas algo que eu realmente levava a sério, ficaram um pouco preocupados, com medo de eu priorizar minha escrita a outras coisas – como estudos, trabalho, etc. Mesmo com esses fatores, sempre me apoiaram e incentivaram, e sempre me deram conselhos importantes. Meus irmãos são mais abertos e me apoiam com mais firmeza. Minha irmã já leu meu livro e foi uma crítica importante para eu dar alguns toques finais; e meu irmão, embora não queira ler o livro por não gostar de histórias com personagens femininas como principais, sempre me apoiou e se animou comigo quando eu terminava um capítulo ou tinha novas ideias.

Camila: Vamos responder uma tag Vitória? a tag é #comoeuerantesdevoce e #depoisdevoce. Qual foi a mudança mais explícita que você notou em si depois de ter sua obra publicada? E seus familiares?

Vitória: Minha obra não foi publicada em editora ainda, mas só de disponibilizá-la no Wattpad foi uma mudança grande. Antes eu tinha consciência de ter algo bom nas minhas mãos, mas quase ninguém fora do meu círculo de amizades para ler. Quando coloquei o livro no wattpad e fui atrás de conseguir parceiros e leitores foi como um mundo diferente. Tenho só a agradecer a todos que me ajudaram e apoiaram, meus parceiros, amigos e leitores. Junto com a disponibilização no Wattpad, comecei a procurar editoras. Isso causou um conflito na minha família, pois meu livro se tornou algo realmente sério e verdadeiro. E meus pais foram talvez os que mais me deram conselhos para que eu não fosse de cabeça em algo só por animação. Tenho duas editoras interessadas no meu livro e agora só tenho que pensar como vou fazer tudo isso, (risos).

Camila: Até hoje você se arrepende de algo feito no passado? Qual?

Vitória: Arrepender? Olha, eu admito que não sei. Geralmente eu penso muito nas minhas escolhas, não faço muitas coisas por impulso puro. Então olhando para trás não consigo sentir muito arrependimento do que fiz, visto que as minhas escolhas me trouxeram onde eu estou agora, e certamente estou feliz de estar onde estou. 

Camila: Qual é a melhor palavra que te define?

Vitória: Apaixonada. Seja por livros, por alguém, pela minha vida... Eu acho que tento sempre fazer as coisas e viver de forma apaixonada, dando tudo de mim, fazendo meu melhor!

Camila: Tem algo seu em algum personagem? Qual personagem e o que?

Vitória: Com certeza! (risos) Falando das personagens do primeiro livro, por exemplo: o senso familiar de Amanda e Sabrina, com a ideia de “se mexer com alguém que amo, mexeu comigo”; a Sabrina em si acho que tem bastante de mim, também bastante do que eu gostaria de ser. No segundo e terceiro livro ela se torna uma personagem extremamente forte. E o processo de crescimento dela desde o primeiro livro é algo com que me identifico. Não sou uma pessoa ótima, mas aprendi a aceitar que meus defeitos fazem parte de mim, meu passado também, e tento passar isto através de Sabrina e talvez até mesmo de Allen (personagem do segundo livro, risos). Acredito que todo livro contém uma parte de seu autor, mesmo que seja naquela frase dita no finzinho do livro.

Camila: Qual foi o personagem mais difícil de construir?

Vitória: Acho que foi a Ushorya. Eu queria uma típica vilã, mas sem deixá-la estúpida ou má sem motivo. Tive que tomar bastante cuidado com ela. A Sabrina eu já tinha uma ideia básica do que eu queria para ela, então os problemas que eu tive com ela eram mais de toques finais e atenção. Então foram longas horas lendo e relendo os capítulos para deixá-la do jeito que eu queria.



Camila: Como surgiu a ideia de escrever a trilogia Nova Era? E como foi o pontapé inicial para Quebra?

Vitória: Nossa, eu não sei mais de onde surgiu. O primeiro rascunho do primeiro livro era uma brincadeira que eu tinha com uma amiga quando era criança e, quando mudei de cidade, foi o que me deixou com menos saudades e me ajudou a “sobreviver” na nova vida. Agora, a série mesmo nasceu provavelmente quando eu tinha 15 anos. Eu tinha quase acabado o Quebra e tive a primeira ideia dos vários Deuses que interfeririam na história e seriam personagens complexos e relativamente maus. E ali comecei a pensar mais na história como um todo e a encaminhar o primeiro livro para essa ideia. Não sei bem sobre o pontapé inicial, mas posso dizer que o livro que eu mais reescrevi foi Quebra. Quando eu já estava no início do Ampulheta eu tive que voltar ao Quebra e reconstruir a cronologia e outros fatores, por causa de ideias novas e outros fatores. Então, Quebra teve vários pontapés iniciais. Bons e ruins. (risos).

Camila: Se você estivesse vivendo na pele de Amanda, quais atitudes mudaria na garota?

Vitória: Com certeza a mania de esconder as coisas das pessoas ao seu redor. Ela demora muito, muito mesmo, para perceber o quanto é egoísta e que, na verdade, está mais protegendo a si mesma do que aos outros.

Camila: Se Quebra fosse um filme, quem você escolheria para o elenco?

Vitória: Eu nunca pensei nisso... Mas tem algumas personagens, principalmente masculinas, que uso como referência para os principais. O Agaria, por exemplo, é bastante como o Charming da série Once Upon a Time. Eu o construí justamente para ser o príncipe de conto de fadas, honrado e justo, dando a ele o fator estável na trama. Notei a semelhança com Charming só depois, visto que Agaria já existia quando Once Upon a Time começou, mas é notável (risos). E para o Allen tenho como referência, talvez vital, o Yuu Kanda, do mangá D.Gray-Man. A personalidade dos dois são bastante similar.
As meninas eu já tenho bastante dificuldade para responder. Nunca cheguei a pensar nelas como atrizes. A maioria das referências que usei nelas foram tiradas das pessoas que conheço, seja no modo do cabelo, ou no modo de falar.

Camila: Tem alguma música que foi como o cenário para o livro? Alguma música marcante?

Vitória: Ouvi bastante a trilha sonora de Leap Year, por causa do tema irlandês/medieval, e uma música que eu gosto muito é a Breathe (2 am) da Anna Nalick, geralmente ressoa na minha cabeça ao pensar em Sabrina.

Camila: Vitória, qual é o seu maior medo, sua cor preferia e sua comida favorita?

Vitória: Eu não sei qual é o meu maior medo. Eu tenho dois que penso agora: morrer afogada e trovões. Trovões é um medo meio irracional e, dependendo do dia ou do meu estado emocional, eu nem ligo para eles. Mas é um dos meus medos mais presentes (risos).

Camila:  Eu me considero uma leitora compulsiva. Você também é assim? Quais são seus autores favoritos? Qual é o gênero que você mais gosta de ler?

Vitória: Com certeza. John Flannagan, Colleen Houck, Raphael Dracoon, Sir Athur Conan Doyle, nossa tem vários... Acho que esses são os principais. Gosto muito de fantasia com romance, ou os dois separados também (risos).

Camila: Eu particularmente adorei os feitiços e encantamentos que você coloca no livro. De onde vieram as idéias para os nomes? 

Vitória: A maioria dos feitiços são em romeno! Acho que a língua é próxima o suficiente do português para ser reconhecida e pronunciada, e eu admito que estava cansada da ideia do latim como místico (embora eu já tivesse pensado nele). Além da Romênia ser um lugar relativamente ligado aos contos de fadas e misticismo. No universo de “Nova Era” a força dos feitiços depende da intenção e capacidade do conjurador. Então busquei palavras gerais como “abra” onde o objetivo dos magos ditariam se – ao ser direcionado para um baú trancado, por exemplo – o baú se destrancaria, somente, ou se a tampa explodiria em pedaços.

Camila: O que nós podemos esperar para os próximos livros da série? Haverá distopias? Reviravoltas?                        

Vitória: Reviravoltas são um constante em “Nova Era”, com certeza. Se piscar enquanto lê, já vai ver que muitas coisas mudaram. A série tem um teor de distopia, sim, pois uma das ameaças mais fortes é um futuro negro e cheio de guerra para os mundos. Por várias vezes nossos queridos principais lutam justamente para adiar esse futuro.

Camila: Pra finalizar, diga aos leitores porque você acha que eles devem ler seus livros. E fale um pouquinho sobre as novidades que vem por aí, sobre os novos lançamentos.

Vitória: Se vocês gostam de fantasia, aventura e tensão, certamente vão gostar de “Nova Era”. É uma série que tem lutas, paixões, mortes, e nunca se sabe o que encontrará no próximo capítulo. Quanto a novidades, bem, escrevi três contos no último mês. Posso já adiantar que podem esperar uma versão estendida do meu conto “Um Último Suspiro”! Planejo começar a escrevê-lo em 2017! Enquanto escrevia o conto já sentia que tinha algo muito maior escondida naquela trama, e estou ansiosa para me jogar nela de vez!

Camila: Vi, muito obrigada por participar da entrevista!

Vitória: Eu que agradeço!

Gostaram da entrevista? 

Siga o perfil da autora no wattpad comecem a acompanhar de perto suas histórias maravilhosas! 
Clique aqui para ir direto para o perfil dela. 
Clique aqui para iniciar a leitura de Quebra o primeiro da trilogia Nova Era.




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11 comentários

  1. Oii, Camila!
    Eu não conhecia a Vitoria, amei conhecer e saber um pouco sobre ela. Vou agora mesmo no Wattpad para conhecer o livro dela, obrigada pela oportunidade de conhecer uma escritora que até pouco tempo era uma desconhecida na minha vida, só não vou agradecer por ter colocado mais um livro na minha lista gigante de leitura rsrs.

    Beijos - Refúgio da Ju

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  2. Oi! Eu adorei seu cantinho, é um amor.
    Eu adoro essas entrevistas com os autores, porque a gente consegue se sentir mais conectado a eles, e quem não conhece, ainda ganha o prazer de poder dar uma conferida no trabalho do autor. Eu sou a segunda pessoa! Eu amei a entrevista, acho muito legal que os blogs gostem de fazer isso, divulgando o trabalho desas pessoas que enriquem a nossa literatura. Amei conhecer a Vitoria, ela é um amor!
    Beijo, Leitora Encantada
    Participe do Sorteio de Natal

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  3. Obrigado pela Visita! Já seguindo seu blog também!
    Beijos e um Feliz Natal Cheio de Paz e esperança ��
    �� Lembrando que Tem post novo no ar! ��
    Minhas Inspirações

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  4. Oi, Camila!
    Que bacana a entrevista, sou nova no wattpad e ainda não estou muito ligada nos livros que tem lá, então obrigada pela dica! Vou dar uma olhada no perfil da Vitória.
    E sucesso para ela, sempre!

    bjs
    Queria Estar Lendo

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  5. Oi Camila!
    Não conhecia a autora ainda mas gostei de conhecê-la pela entrevista!
    Depois vou dar uma olhada no livro lá no Wattpad.

    Beijos,
    Sora - Meu Jardim de Livros

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  6. Oie Camila =)

    Não conhecia a autora, mas gostei muito de ler a entrevista.
    Parabéns! Sucesso para a Vitória o/

    Beijos;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
    @mydearlibrary


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  7. Olá Camila, tudo bem?
    Não conhecia a autora e nem o livro, mas amei a entrevista. Parabéns!
    Beijos e seguindo aqui também...

    Http://excentricagarota.blogspot.com.br

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  8. Adorei demais, entrevista super legal. Beijos pra vocês.

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  9. Olá!
    Não conhecia a autora mas ela parece ser bem legal!
    Beijos!
    https://focadasnoslivros.blogspot.com.br

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  10. Oi, Camila! Adorei a entrevista e não conhecia a autora nem o livro, então foi uma ótima dica. Ver autoras brasileiras lançando mais e mais livros, mesmo independentemente, é muito empolgante e me dá ânimo para continuar nesse caminho! Beijinhos, Beatriz.

    O Diário de uma Escritora Iniciante

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  11. Olá
    Não conhecia nem autora nem livro, mas gostei bastante. Adoro entrevistas. são a melhor forma de conhecermos novas pessoas.
    Beijinhos e Feliz ano novo


    Vidas em Preto e Branco

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